terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Observatório do Meio Ambiente


Serra do Periperi. Vitória da Conquista, 2008.
Fotos: Alexandre do Cerrado



















segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Oração a São Peregrino da Floresta




















Oração a São Peregrino da Floresta

São Peregrino da Floresta,
Tu que caminhas nas trilhas sombreadas
Pelo fulgor da Luz Divina,
Tu que és o espírito protetor dos seres da natureza,
Ensina-me a entoar o canto
Das vozes das matas
E a conviver em harmonia
Nos domínios da Rainha Mãe da Floresta,
Ensina-me a encontrar dentro de mim
A tua paz e a luz de nosso amor
Por tudo que respira e vive.

Alexandre Tavares


Rio Branco/AC, 1991

Manual do Jardineiro - Técnicas da Jardinagem

Preparo e Organização das Sementeiras
As sementeiras são necessárias para a propagação de floríferas
de ciclo anual. São utilizadas para a produção de plantas que se multiplicam por sementes, proporcionando o aparecimento de novas variedades através da mistura de caracteres transmitidos e permitem fazer a seleção de plantas que vão para os canteiros.
A sementeira tem que reunir o mínimo de condições essenciais para a germinação das sementes como no teor de umidade do substrato – afeta a porcentagem de germinação e varia conforme espécies.
As sementeiras podem ser feitas em caixotes de madeira, no próprio canteiro com trato especial para o substrato e sombreamento, podem ser em bandejas de plástico ou isopor e de outros materiais alternativos, como jornais e revistas, dentre outros.
Preparado o substrato, enche-se as sementeiras;
Escarifica-se e nivela-se o substrato nas sementeiras;
Semeadura, cobrindo as sementes com uma fina camada de substrato ou de areia; verificando-se a profundidade ideal (pode variar de 5 cm a 0,05 cm) para cada espécie.;
Acompanhar o desenvolvimento das plantas na sementeira diariamente, eliminando a presença de ervas invasoras, desbastando-se o excesso de mudas e substituindo as plantas não pegadas ou não germinadas;
De um modo geral, quando as plantas tiverem aproximadamente 10 cm ou 3 pares de folhas bem definidas podem ser transplantadas para o local definitivo.

Folclore


Máscaras de Personagens de Bumba Meu Boi . Bahia, 2007. Fotos: Alexandre do Cerrado


Observatório do Meio Ambiente


Colônia de Melocactus conoideus. Serra do Periperi. Vitória da Conquista, BA. 2007
Foto: Alexandre do Cerrado

Recuperação de Nascentes


Nascente do Rio Verruga. Serra do Periperi. Vitória da Conquista, BA. 2007
Foto: Alexandre do Cerrado

Observatório do Meio Ambiente

Lagoa das Bateias. Vitória da Conquista, BA. 2007
Foto: Alexandre do Cerrado

Observatório do Meio Ambiente

Flor da Suinã. Serra do Periperi. Vitória da Conquista, BA. 2007
Foto: Alexandre do Cerrado

sábado, 1 de novembro de 2008

Manual do Jardineiro - Técnicas da Jardinagem




1. Preparo de Substrato
O substrato é o material onde se cultiva as plantas (solo),
deve ser preparado tanto para as sementeiras quanto para os canteiros – um bom substrato para uma boa planta. Deve atender a características físicas e biológicas para o cultivo como drenagem, textura, matéria orgânica e a riqueza mineral.
Pode ser preparado com diversas composições formadas por frações terra de jardim, areia, húmus e outros elementos como vermiculita, carvão moído e etc.
A seguir indico alguns tipos de substratos, sua formação e indicação a que tipos de plantas eles atendem:

Substrato permeável seco – cactáceas, crassuláceas e suculentas:
1 parte de terra neutra arenosa
1 parte de terra vegetal
½ parte de húmus de minhoca
½ parte de areia lavada


Substrato permeável úmido – antúrios, avencas, filodendros, samambaias, tradescantias:
1 parte de húmus de minhoca
1 parte de terra neutra argilo-arenosa
1 parte de terra vegetal


Substrato fraco – agaves, aloés, aspargus, bambus, capins, primaveras:
1 parte de terra neutra argilo-arenosa
½ parte de húmus de minhoca
½ parte de areia lavada


Substrato rico – azaléia, begônia, marantas, petúnia, prímula,:
1 parte de terra neutra argilo-arenosa
1 parte de húmus de minhoca
1 parte de torta de mamona
parte de farinha de ossos


Paisagismo - Espécies arbóreas para plantio em calçadas sob rede elétrica



AROEIRA-BRAVA Lithraea molleoides
AROEIRA-PIMENTEIRA Schinus terebinthifolia
AROEIRA-SALSA Schinus molle
CASCA-D'ANTA Drimys winteri
CEREJA-DO-RIO-GRANDE Eugenia involucrata
EMBAÚBA Cecropia pachystachia
ESPINHO-DE-JERUSALÉM Parkinsonia aculeata
GUAÇATONGA Casearia sylvestris
INGÁ-DO-BREJO Inga urugensis
IPÊ-AMARELO-CASCUDO Tabebuia chrysotricha
IPÊ-BRANCO-DO-BREJO Tabebuia dura
JACARANDÁ-BRANCO Jacaranda cuspidifolia
LEITEIRO Peschiera fuchsiaefolia
LIXEIRA Aloysia virgata
MANDUIRANA Senna macranthera
PAU-CIGARRA Senna multijuga
SÃO-JOÃO Senna sp
SETE-CAPOTE Camponesia guazumaefolia
TAMANQUEIRO Aegiphila sellowiana
TATARÉ Pithecolobium tortum
TINGUI Dictyoloma vandellianum
UNHA-DE-VACA Bauhinia forficata
foto: alexandredocerrado

quarta-feira, 16 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Manual do Jardineiro



O Olhar
A partir do conhecimento de toda a ecologia de um jardim, o candidato a jardineiro começa a desenvolver um novo jeito de ver as plantas, observando detalhes, formas, contextos e outras particularidades.
O olhar é um exercício de análise e avaliação das condições do meio e das relações estabelecidas entre os componentes ambientais, pois a percepção dos problemas que as plantas apresentam, quase sempre se manifestam visualmente. Ao conhecer as características morfológicas e fisiológicas das plantas e as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo; a influência da luminosidade e da umidade no desenvolvimento vegetativo das plantas; os principais agentes causais de doenças e pragas, sua organização, biologia e métodos de controle; o novo jeito de praticar o olhar se modifica, agora influenciado pelo conhecimento adquirido e pela habilidade de interpretação baseada na observação.
O jardineiro deve ser investigativo e sistemático procurando registrar suas observações de forma clara e detalhada, para obter sucesso em seus cultivos....

O jardineiro deverá usar uma trena para as medições da área a ser trabalhada e registrará informações básicas para o funcionamento do jardim como áreas de circulação de pessoas e veículos, lazer e estacionamento, dentre outras, que deverão constar de um croquí de situação da área com registro dos pontos cardeais, acidentes geográficos e outras informações.

domingo, 29 de junho de 2008

Eu escoteiro. 1969/1971



É amigo, me lembro de meus dias de menino em Conquista, como dias cinzas, dias em que o colorido das flores se destacava no céu azul e os campos entre as serras se perdiam de vista nos belos fins de tarde. Conheci a Serra do Periperi quando me tornei escoteiro em 1969, rastreei trilhas e tesouros entre seus mananciais, que anos depois vim saber se tratar do Rio Verruga. Me lembro da gabiraba e do veludo, abundantes nas encostas da Serra. Colerinhas, custipios e bicos-de-lacre enchiam de alegre cantoria nossas manhãs de campistas, nos preparando para os desafios dos jogos escoteiros que praticávamos. Minha patrulha era a Raposa, escolhida por representar um animal sábio e que já parodiávamos numa canção do seriado televisivo Daniel Boone: “... vamos, vamos, vamos lutar, pela nossa terra batalhar, vamos, vamos, temos que vencer, com a Raposa não há o que temer ...”. Nossa patrulha iniciou-se meio desacreditada, principalmente por ser formada por um grupo de novatos, mas com o passar dos dias fomos nos destacando pela “dedicação e pelo senso de organização e planejamento de nossas aventuras” (palavras de um dos membros da Patrulha Raposa, Fábio Bittencourt, que encontrei em 2003). Várias atividades desenvolvemos, como trabalhar na organização dos Desfiles de 7 de setembro e procissões, no apoio ao atendimento no ambulatório do Hospital São Vicente e na divulgação de nosso grupo escoteiro, que nos levou a viajar às cidades de Tremedal e Iguaí para ajudarmos a criação dos grupos dessas cidades. A viagem á Tremedal foi memorável, da hora marcada pela Prefeitura que nos enviaria um carro para o deslocamento ao atraso, estava marcada para 8:00 horas da manhã, que da ansiedade de garotos transformou-se em uma desistência, o que nos levou a tomar a inusitada decisão de ir de carona (uma distância de aproximadamente 60 km, pela antiga estrada do Panela) pois havíamos assumido um compromisso com os garotos daquela cidade e de qualquer maneira chegaríamos. Logo após nossa partida para um local aonde pudéssemos pegar carona, o carro da prefeitura chegou e não nos encontrando tomou o caminho de volta e nos encontrou próximo a cidade de Belo Campo depois de pegarmos carona na carroceria de um caminhão e de uma Kombi. Nossa chegada à cidade foi um feito, pois já se espalhava a notícia que um bando de garotos escoteiros tinha vindo a pé de Vitória da Conquista até Tremedal. Esse feito foi o suficiente para projetar nossa patrulha e seus membros como verdadeiros escoteiros, que não pestanejaram para cumprir um compromisso assumido.
Ser escoteiro talvez tenha sido uma das coisas mais acertadas que fiz, pois os ensinamentos que tive me ajudaram muito e me ajudam até hoje nas mais diversas atividades que desenvolvo.

domingo, 22 de junho de 2008

Viagem ao Sertão da Farinha Podre



A trilha da Mogiana – Parte 1

Saímos cedo na manhã de sábado
, nosso pequeno grupo composto por Ulisses Monteiro (publicitário), Erwin Rommel (estudante de Geografia da UFU, o Alemão) e eu. Nosso destino: a antiga ponte da estrada de ferro da Mogiana sobre o Rio Araguari, na divisa dos municípios de Araguari e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Era mês de junho e o dia se mostrava agradável, no ar uma brisa suave, mesmo com o forte sol da estação seca.
No início da caminhada já pegamos o trecho no local em que a nova linha férrea se estendia sobre o leito da antiga Mogiana no sentido Uberlândia-Araguarí. A Estrada de Ferro era administrada pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, que mais tarde passou a chamar-se Ferrovia Paulista S/A – FEPASA e entrou em operação, no seu extremo norte, com a inauguração da Estação Uberabinha, no dia 21 de dezembro de 1895 e cruzou por boas décadas os municípios de Araguari, Araxá, Uberaba e Uberlândia (desde a Estação Irara – Divisa com Uberaba até a estação Sobradinho – na divisa com Araguari – trecho onde pensávamos encontrar a antiga ponte).
Segundo informações obtidas com funcionários da FEPASA, encontraríamos sinais do antigo leito nas imediações do armazém da Cibrazem, onde na verdade começava a nossa aventura, e ainda estávamos em área do Distrito Industrial de Uberlândia. Não dispúnhamos de mapas com o traçado da Mogiana, e por isso teríamos que encontrar seu leito em locais aonde a vegetação já tinha tomado conta da paisagem, o que foi confirmado após 40 minutos perdidos na busca de sinais da estrada, enganados que fomos pelo pasto de braquiarias, pela sinuosidade dos trilhos entre a vegetação de cerrado limpo e pelas lavouras de milho doce e hortaliças.
Viemos a descobrir o verdadeiro leito da Mogiana sob uma estrada de terra, onde a presença constante de pedras britadas, do tipo utilizada em ferrovias, denunciava nossa descoberta. A presença de alguns restos de dormentes à beira da estrada confirmou nossa suspeita: tínhamos encontrado o caminho da Mogiana! A beleza do lugar era de impressionar, não apenas nos aspectos cênicos, mas também pela biodiversidade que se manifestava no canto e vôo de anús brancos, quero-queros, curicacas e siriemas, dentre uma boa dezena de pequenos passarinhos; na magia das cores das flores dos ipês roxos e dos imbiriçús; na infinidade de pequenos cursos d’água e seus micro-ecossistemas e nos sinais que nos indicavam uma fauna variada.
A marca da exploração agro-pastoril nos acompanhava por todo o trajeto; eram poucas e pequenas as reservas ambientais encontradas. Todos os córregos que cruzam o leito da estrada encontram-se canalizados no local e sustentados por encostas muito bem construídas. Ao encontrarmos o Córrego Sobradinho a paisagem se tornou ainda mais bela, pois a partir daí, a estrada seguia o vale do córrego, que em seu contorno e aprofundamento nos levava a uma área de vegetação nativa mais fechada, uma típica mata galeria de cerrado. Sabíamos que o córrego nos levaria ao Rio Araguari e seria uma opção de caminho se a vegetação se tornasse intransponível, como nos parecia o local onde chegamos após 4 horas de caminhada, que nos obrigou a largar o leito da estrada e seguir pelo campo cerrado, com os espinhos das malícias a nos atormentar e arranhar. À medida que a trilha foi se fechando, pegamos um desvio buscando um local alto de onde pudéssemos avistar referências do caminho, o que conseguimos após uma boa hora de caminhada pelo carrasco. Avistamos uma sede, que após alcançá-la soubemos ser a Fazenda Sobradinho, aonde paramos para descansar. Procuramos a 1ª cachoeira do Córrego Sobradinho, aonde armamos nossas barracas.
Distância aproximada de nossa caminhada: 12 km.
Tempo gasto no percurso: 9 horas e 40 minutos.

Minhas Ações - Formação de Jardineiros

Oficina Boracéa. Curso de Jardinagem e Horticultura com moradores de rua de São Paulo. 2003

Flores do Brasil


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Diário de Viagem - Na terra da garoa



Da Parada Inglesa ao Jardim São Luís ...


Dando seqüência a minha senda de educador popular na Grande São Paulo, após ganharmos o TOP ECOLOGIA com o Centro de Habilitação PROMOVE, fui convidado pelo SENAC/SP para desenvolver um projeto de formação profissional de jardineiro - qualificação básica, o que aceitei com prontidão. Me dediquei a elaborar um projeto de formação voltado para diversos perfis de público em situação de exclusão, mas que tivesse uma relação muito grande entre sí; a formação deveria ser participativa, construtivista e focada na realidade das comunidades aonde o projeto fosse aplicado, e com um bom conteúdo técnico. O projeto do curso ficou pronto em maio de 1999 e o primeiro teste foi realizado em parceria com a Casa de Cultura e Educação São Luís - CCESL, dedicado a um grupo de 50 alunos (em dois turnos) em situação de risco social, jovens e adultos moradores da regão (Jardim São Luíz, Campo Limpo, Jardim Ângela, Capão Redondo e outras localidades da Zona Sul). Aos conteúdos desenvolvendo as habilidades básicas, específicas e de gestão juntamos as práticas e vivências da experiência do jardineiro através da empresa experimental de criação e manutenção de jardins, que tinha como método a criação e implantação de um jardim e/ou praça, no caso, criamos um jardim para a casa de cultura. A duração do curso era de aproximadamente 3,5 meses, com uma carga horária de 240 horas, que depois viria ser modificada para 180 horas.

No Jardim São Luíz ainda realizamos mais duas temporadas do curso de jardineiro (na Casa de Cultura e na Fundação Julita) formando um total de 136 jardineiros.

Nesse mesmo tempo iniciei uma jornada de Professor de Fruticultura e Piscicultura na Escola Luís Antônio Machado - ELAM, escola que formava Técnicos em Agropecuária desde 1972, localizada a trezentos metros da Av. Paulista, em pleno Bairro dos Jardins, aonde me adaptei muito bem e em pouco tempo me tornei Coordenador do Curso Técnico em Agropecuária. Foi a partir dessa nova jornada que a minha vida em Sampa começou a ficar corrida como a vida de todo bom paulistano, já estava trabalhando para o SENAC de segunda à sexta diuturnamente e agora começava a trabalhar à noite e aos sábados na ELAM.

sábado, 7 de junho de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca. Imperial Vila da Conquista

Cabeça de Frade. Melocactus conoideus, espécie endêmica da Serra do Periperi. 2006

Manual do Jardineiro


A Relação
O primeiro passo para a formação de um jardineiro é a descoberta do mundo mágico das plantas e o conhecimento de suas características, hábitos e particularidades que abrem um novo mundo à frente do futuro jardineiro.
O conhecimento das relações que ocorrem na jardinagem entre plantas, solo, ar, água, luz, vento, seres vivos e outros fatores será o ponto de partida para o entendimento desse fantástico mundo. A relação mais se aprofunda, a medida que se conhecem as características das plantas, suas propriedades e particularidades e se entende que cada espécie tem suas preferências, hábitos e tratos específicos. È muito importante que o candidato a jardineiro entenda que cada planta é um ser único; encontramos indivíduos da mesma espécie com necessidades diversas; desde condições ambientais até as formas de manutenção e tratos, isso sem contar que existem uma infinidade de espécies que possuem subespécies, variedades, cultivares e outras formas de classificação desses indivíduos ou grupos. Se em algumas espécies bem conhecidas do homem já é difícil tratar da saúde e da alimentação, imagine conhecer as necessidades e desejos de indivíduos que não se comunicam de forma clara, então torna-se mais complexa a relação com os vegetais, que são algumas centenas de milhares de espécies cultivadas, sendo cada uma exigente por condições especiais: tomemos como exemplo a família orquidáceae com milhares de espécies que se distribuem por praticamente todo o planeta Terra em ambientes extremamente diversificados, o que indica uma infinidade de tratos diferentes para a manutenção de suas condições vegetativas.
O jardineiro necessita desenvolver o seu modo de se relacionar com as plantas, que deve ser baseado nas informações que conseguiu pesquisar sobre sua botânica, o modo de cultivo, características de preferências ambientais e formas de multiplicação.
Esse manual se propõe a ser um instrumento não apenas de consulta para o jardineiro, mas um local de registro e confrontação de experiências e vivências observadas e praticadas, referência para o trabalho e orientação para a construção das competências necessárias à formação profissional do jardineiro.

Educação Ambiental - Minhas Criações

SENAC / CENTRO DE EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA PARA O TRABALHO

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COMUNIDADE – PEAC

SEMINÁRIO TRILHA ECOLÓGICA

LOCAL: Bacia dos Rios Capivari – Monos – Bairro da Barragem e Engenheiro Marcilac / Parelheiros – São Paulo / SP

DATA: 10 de setembro de 1.999

PÚBLICO: Professores, agentes educacionais e estudantes das escolas participantes do Programa de Educação Ambiental na Comunidade – PEAC / SENAC.

PERCURSO: Aproximadamente 6 Km de caminhada.

OBJETIVO: Formar monitores para o desenvolvimento, organização e condução de grupos em caminhadas ecológicas, prestando informações sobre atrativos e curiosidades do roteiro, e orientando sobre a forma de procedimento no percurso.

METODOLOGIA:
A elaboração de roteiro para visitação e a condução de grupos não é tarefa simples, para tanto o organizador da atividade deve estar preparado para os vários aspectos que envolvem esta prática, portanto, visando a organização e planejamento da atividade, dividiremos o programa em três partes distintas:
Parte I – ELABORAÇÃO DE ROTEIRO
Essencial para o sucesso do evento, uma boa programação do roteiro relacionada aos objetivos comuns almejados pelo grupo de visitação, deverá conter atributos de real valor envolvendo os participantes com informações relativas aos aspectos históricos, geográficos, culturais e sociais:
Ø Estabelecimento de pontos de interesse à visitação;
Ø Determinação do universo de informações relacionadas aos locais visitados.
Parte II – TÉCNICAS DE CAMINHADA E EXCURSIONISMO
Necessárias a um bom desempenho no acompanhamento de grupos por roteiros de cunho ecológico, facilitando o deslocamento e promovendo atividades de descanso e preparação para a caminhada:
Ø Organização da fila;
Ø Ritmo, passadas, postura e apoios;
Ø Período de descanso – freqüência e duração;
Ø Travessia de rios – métodos e escolha do trecho;
Ø Alimentação – nutrição adequada, planejamento de cardápio, acondicionamento e transporte;
Ø Equipamentos – vestuário, mochilas, cantis, lanternas, lâminas e etc.
Parte III – ECOLOGIA E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Muito importante para a visitação é o procedimento e postura do grupo em relação ao meio ambiente, além dos aspectos de observação e estudo:
Ø Estabelecimento da capacidade de carga do local visitado;
Ø Detalhamento prévio de informações sobre o ambiente a ser visitado;
Ø Observação dos aspectos geomorfológicos do ecossistema – flora, fauna, topografia, rios / córregos, solo, etc.

PROGRAMA / ROTEIRO
7:30 Hs – Saída da Casa de Cultura e Educação São Luís – CCESL – Avenida Hum, 30 Jardim São Luís.
9:00 Hs - Chegada ao Bairro da Barragem (início da trilha).
12:00 Hs – Parada para almoço
14:00 Hs - Reunião e Avaliação do evento
16:00 Hs - Retorno

APOIO
Associação OLHOS DA MATA – Condução do grupo na trilha

ORGANIZAÇÃOSENAC / CENTRO DE EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA PARA O TRABALHO

Farmácia Viva - Universo das Ervas Curativas


É de conhecimento do homem contemporâneo, com registros que datam de longo tempo, a utilização das ervas como terapia curativa aos males que acometem a vida dos seres humanos e de seus companheiros animais domesticados.
Com o advento da medicina moderna e da cura alopática, através da descoberta do princípio ativo das substâncias químicas existentes nos vegetais e sua elaboração sintética em laboratórios, cada vez mais se foi deixando de lado a utilização de ervas na cura e prevenção de um sem fim de males.
A propaganda desse segmento industrial foi e ainda é uma das mais fortes e politicamente protegida por interesses comerciais. Estes mesmos interesses geraram o desenvolvimento de ações, que vieram durante os anos, minando a segurança na utilização natural das ervas (muitas vezes as mesmas das quais se extraem drogas curativas para determinadas doenças em que se divulgava que as únicas formas de cura eram através do uso da droga sintética). Essa enorme gama de ações visando o desenvolvimento da indústria farmacêutica pode ter sido responsável também por passar informações tendenciosas e a criação de hábitos nas comunidades dominadas, que davam pouco ou nenhum crédito ao conhecimento adquirido por milênios, do poder curativo natural das ervas, da mesma forma que, paralelamente se desenvolvia a indústria da agricultura de subsídios também chamada de agricultura capitalista, que forçava a utilização de um sem fim de insumos à produção agrícola (adubos químicos, corretivos químicos da acidez do solo, venenos para combater formigas e vários outros insetos, dentre outros) como se antes dessas descobertas não existisse agricultura e produção, da mesma forma como se antes das drogas sintéticas, não existisse medicina curativa.Esse estudo não tem a pretensão de difundir a cura pelo natural como a única forma verdadeira e correta de medicina; não pretendemos negar os avanços tecnológicos que a medicina conhece através do uso de drogas sintéticas e da utilização de recursos como o laser, dos diagnósticos de precisão com ultrasom e outros avanços; mas, sobretudo, pretendemos resgatar o conhecimento popular e milenar da utilização das ervas naturais na cura e prevenção de um sem fim de males, questionando a forma com que o segmento comercial da produção farmacêutica difunde seus produtos, o que no nosso entender contribui para um dos grandes males econômicos da atualidade; tomemos como exemplo a utilização de um ungüento à base de mentol e cânfora, dois produtos de laboratórios diferentes: A e B -ub, ambos custando em meados de 2002 à venda nas drogarias cerca de dois dólares a embalagem de 12 g., o mesmo ungüento produzido em uma farmácia caseira não custaria mais que 18 centavos de dólar. Portanto, esse estudo pretende além de difundir o conhecimento das ervas e as formas de utilização correta, como a manipulação de pomadas e xaropes, ressaltar a importância da utilização, os perigos da automedicação e os cuidados com as interações entre as ervas, muitas vezes extremamente danosas à saúde.
Foto: WEB

domingo, 1 de junho de 2008

Viagem à Terra da Garoa. Início de minha jornada de Educador Popular

Cheguei em São Paulo em maio de 1998, vindo do Triângulo Mineiro, na rota de contra mão das "Curvas do Rio" de Elomar Figueira. Sem a família que já era grande (Ana, Lua e Amora), e cuja ausência me deixava muito nostálgico e que junto com o frio aumentava ainda mais minha sensação de solidão, o que me fazia chorar muito pelas ruas, quando caminhava. E foram muitas e longas caminhadas, primeiro porque não tinha dinheiro para o ônibus ou metrô (que era ainda mais caro) e porisso andava a pé. No pé um bom companheiro, uma botina estradeiro da kildare com solado de pneu de caminhão que me levou por quatro meses todos os dias da semana ao INSS do Belenzinho, da Alameda Campinas (na região da Paulista) até a Ponte da Vila Maria (na marginal Tietê) - não podia dispensar recursos para o transporte pois meu salário era muito baixo e mal dava para as despesas da família que ficara. O trabalho, um desafio. Instrutor de jardinagem para tres públicos bem especiais: pessoas que estavam sob condições de acidente de trabalho e precisavam aprender um novo ofício, portadores de deficiências e soropositivos. Até então minha relação com público tinha sido de servidor público federal, Estadual e Municipal(IBGE, CEPA/RO e Prefeitura de Uberlândia) sempre relacionado a atividades da Agronomia e do Meio Ambiente. Logo percebí que meu novo universo era completamente diferente. Meu público era realmente ESPECIAL, eram histórias de vida que se apresentavam para mim com muita força. Eram pessoas extremamente sensibilizadas pelo desenrolar de suas vidas, suas frustações, suas ansiedades e suas carências. Não sei bem como, mas a medida que fomos desenvolvendo o trabalho com essas pessoas (nessa pequena equipe éramos um agrônomo, uma professora primária - Ivonete e uma psicóloga - Eliane. As duas participavam também do curso de panificação, com a Instrutora D. Edna) percebemos que de fato poderíamos fazer alguma diferença para o resto das nossas e das vidas delas. A dedicação e o entusiamo com que nossos alunos participaram dessa formação se traduziu ao final do curso em um prêmio nacional: TOP Ecologia 1998 da ADVMB, pelo Projeto Jardins da parceria entre as instituições que eram mantenedoras do projeto, o Centro de Habilitação Promove e Unibanco Ecologia. Para mim dessa experiência ficou pro resto de meus dias as lembranças fortes dos meus alunos se ajudando a construírem um belo jardim no CAT do Belenzinho: da limpeza do terreno, da seneadura do gramado e das floríferas que enfeitaram os canteiros, da cerca feita com caixotes de uva, da área de circulação feita com restos de construção, da pracinha dentro do jardim com a mesa de carretel de madeira de cabos elétricos, do lago, da casa de passarinhos e do incrível canteiro de girassóis que encheu de cor e alegria nossos olhos, minha vida e aquele local cinza, pequenas obras erguidas por esses guerreiros excluídos: seu Manoel Messias, seu José Argolo, seu Tadeu, D. Vitória, Luís Fernando e Luís Fernando, Anderson, Juliano, Patrícia e Solange e outros trinta e poucos participantes nos turnos da manhã e da tarde. Ao final do curso um pequeno grupo resolveu formar uma associação de produtores de plantas ornamentais e eu fui convidado a expandir o Projeto nos circos-escola da Vila Remo (zona oeste) e da Vila Penteado (zona norte). Nesses locais trabalhando agora com jovens em situação de risco social, sendo então o início de minhas experiências nas periferias da Grande São Paulo.

sábado, 31 de maio de 2008

Viagem às Lagoas Costeiras

Lagoa de Manguaba - Marechal Deodoro/Al. 2008

Educação Sócio Ambiental - Meus Escritos


A educação sócio ambiental é uma ferramenta de desenvolvimento sustentável das comunidades quando representa a articulação da temática ambiental com a realidade local, o poder de organização e mobilização comunitária e os saberes tradicionais.
No início da década de 1990 a educação ambiental era considerada como o ”ponto” de mudança para a nova postura planetária, inspirada também, principalmente, pela ECO 92, a partir de onde iniciou-se uma proliferação de ações ambientais que se espalharam pelo mundo, e que no Brasil foram de ordem governamental e não-governamental, mas que demonstraram ainda nos meados da década que o ingrediente social deveria ser “lembrado”, não somente : … em defesa do mico leão, mas também: … em defesa da segurança alimentar, … em defesa da piracema, … em defesa da qualidade vida.
Difícil separar a questão ambiental da social nos limites de nosso território, porquanto se solidifica o socioambientalismo, amparado no poder de articulação, mobilização e de ação social do povo brasileiro - das tantas organizações que apareceram para atender uma demanda que seria do governo, da educação, da saúde, dos direitos humanos e vários outros.
A educação sócio ambiental vai mais além da maioria das propostas desenvolvidas nos projetos sociais e ambientais em nosso país, ela propõe uma articulação comunitária mais madura e reflexiva ao convocar os diversos segmentos da sociedade a assumir uma postura de mobilização em torno da educação ambiental, na verdade ela propõe um pacto social, baseado na valorização dos saberes tradicionais, na democracia radical e em diálogos com experiências de enfrentamento da problemática sócio ambiental.

sábado, 24 de maio de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca - Vale da Gameleira


Córrego da Jurema. Vitória da Conquista, Ba. 2006

Educação Ambiental - Minhas Criações

O CASO DO ROUBO DOS MUTUNS


JULGAMENTO ECOLÓGICO


José Carlos da Silva , 35 anos, laminador de serraria desempregado, na tarde do dia 24 de dezembro de l998, matou e levou do Jardim Zoológico de Miramonte, interior do estado de Minas Gerais, duas aves da espécie Crax faciolata, conhecida como Mutum de Penacho, incluída no rol de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.
O elemento foi preso em sua residência pela Polícia Florestal do Estado, quando preparava um ensopado das aves.
Silva alegou em sua defesa, que sua família não tinha de que se alimentar e isto o motivou a cometer o ato delituoso. O mesmo foi encaminhado ao delegado de plantão, que o encarcerou e enquadrou na lei de crime ambiental.
RÉU
Personagem: 1
Papel: Deverá confiar sua defesa aos advogados e manifestar-se somente quando for solicitado pelo Juiz e em seu depoimento.
JUÍZ
Personagem: 1
Papel: Deverá conduzir os trabalhos com abertura e encerramento, organizando o tempo de defesa, acusação, depoimento de testemunhas de a
cusação e defesa, réu, veredicto do júri e leitura da sentença.
JÚRI
Personagens: em número de 3, 5, 7 ou 9 ( tendo 1 relator e 1 presidente)
Papel: Deverão ouvir atentamente a Acusação, Defesa, Réu e Testemunhas. Não devem se deixar levar por emoções a favor ou contra as manifestações. Ao final da sessão(determinada pelo Juíz) farão a votação e apuração(relator e presidente) e a divulgação do resultado será comunicado ao plenário(Juíz e presentes) com resultado final, se culpado com a pena pedida ou não pela acusação.
TESTEMUNHAS DE DEFESA
Personagens: 2
Papéis: Deverão dar depoimentos que elevem a moral do Réu, enumerando suas qualidades e relembrando situações que denotem o bom caráter do mesmo.
ACUSAÇÃO
Personagens: 2 ou 3 (sendo 1 Promotor e 1 ou 2 assistentes).
Papéis: Baseados na lei de proteção ambiental e lei de proteção ao patrimônio, a acusação deverá convencer o Júri de que o Réu deve ser condenado pelas duas infrações , ambas com pena máxima de 10 anos cada.
A presidência da sessão é do Juíz e o mesmo estabelecerá os tempos e as vezes de manifestação da acusação.

TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO
Personagens: 2
Papéis: Deverão dar depoimentos sobre o que viram(o Réu matando as aves-Escondendo- Fugindo- ou preparando-as para comer).

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca - Lagoa das Bateias


Baronesas. Vitória da Conquista, Ba. 2007

Manual do Jardineiro

O jardineiro

A jardinagem é uma prática exercida pelo homem a milhares de anos, que exige o conhecimento básico de técnicas agrícolas e botânicas, utilizadas para o plantio e manutenção dos jardins.
No exercício da função de jardineiro, se faz necessário que o candidato além do conhecimento das técnicas de jardinagem saiba fazer o estudo de custos, plano de manutenção (agenda do jardim) e organização do trabalho.
São variados os atributos de um jardineiro, um misto de técnica, arte e magia que combina formas e texturas junto com manifestações e sinais das plantas e dos vários fatores do ambiente.
Para uma boa formação, o jardineiro deverá basear seu estudo na busca das competências básicas ao seu trabalho, que deverá ser pautado na descoberta do mundo científico, na prática de trabalho buscando habilidades e no estabelecimento dos valores necessários ao exercício de sua função.
A jardinagem como atividade profissional vem sendo aperfeiçoada a cada dia. Tanto os profissionais em atuação percebem a importância de uma educação profissional continuada, quanto os que querem atuar no segmento buscam as competências necessárias ao exercício da profissão de jardineiro.
Dentre as várias manifestações da jardinagem, como a floricultura, a produção de plantas ornamentais, arranjos florísticos e o paisagismo, dentre várias outras, a manutenção de jardins ainda é o maior desafio, pois aí é que se confronta o sonho da paisagem construída com a manutenção das características desejadas para o jardim, ou seja, o que se propôs para o projeto de jardim apresenta as condições de sustentação das características ambientais e paisagísticas?





sábado, 17 de maio de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca. Imperial Vila da Conquista



Rio Verruga. Serra do Marçal. Vitória da Conquista/BA. 2007

Diário de Viagem - A 1ª Jornada: 1959/1965

Pelo que me lembro, comecei a ver o mundo pela janela de um carro ...As imagens que trago dos meus primeiros anos são de paisagens em Campina Grande, aonde nascí, da Catedral, do Açude Velho e da Rua Vila Nova da Rainha, que aos sábados era envolvida pela feira livre e de onde, das grades de um jardim de uma residência de classe média, fazia os meus primeiros contatos com passantes e feirantes e era recriminado pelos mais velhos, principalmente as crianças. Aquele jardim aonde brincava com velocípede e no gramado, me parecia uma imensidão, pois me fazia sentir um ser livre e íntimamente ligado à natureza das coisas e das pessoas. Terceiro de cinco filhos fui aprendendo a me virar sozinho, pois meu irmão mais velho e também meu ídolo era muito independente e não saía com os mais novos - eu e alguns primos de minha idade. Quando fui para a escola (Colégio das Irmãs Lurdinas) o que mais me atraiu foi o cheiro do material escolar: livros, lápis, cadernos e até o das borrachas, que na época não eram perfumadas como as de hoje. A escola era um paraíso, com imensos e altos corredores e portais, no alto de um morro de onde se avistava grande parte da cidade, era rodeada e entremeada de árvores e aonde pela primeira vez tive contato visual com um animal silvestre: um camaleão, que me deixou fascinado de medo e admiração, cheguei a sonhar várias vezes com esse bicho.
Um fato ocorreu na fanília quando tinha cinco anos que me marcou muito e que desencandeou em mim o senso de justiça, que foi o assassinato de meu Tio Bastos por jagunços de um "coronel" pelo domínio de terras na região do cariri da Paraíba, fato político comum naquela época. Fiquei revoltado em saber que quem tinha cometido essa nefasta ação estava a pouca distância de nós e escondido sob a proteção de um poderoso grileiro de terras. Fiquei durante um bom tempo aguardando que o meu grande herói (corredor de vaquejadas e proprietário de um Jipe Willis), Tio Manuel, resolvesse a parada. Até que essa espera foi-se aos poucos e retornei para meu mundinho.
Outro fato marcante em minha vidinha foi quando me perdí na Praia de Poços em João Pessoa quando veraneávamos em 1962. Ao sair escondido atrás de minha irmã mais velha e primas da mesma idade, me perdí na areia branca da praia e ao ficar chorando fui recolhido por um casal que me levou a uma casa muito grande e de onde um senhor grisalho me recebeu dizendo que eu era seu filho que tinha voltado para casa, aquilo também me apavorou e me lembro a dizer que meu pai se chamava José e que ele tinha um Simca. Horas depois meu pai veio me buscar nessa casa, depois de ter me procurado pelos "poços" de toda praia.
Me lembro também do Armazém de meu pai e do meu avô, comerciantes natos que encaminhavam todos os filhos para conhecerem e vivenciarem o mundo dos negócios, mas sempre me sentí apavorado com aquela relação entre aqueles homens.
O brilho das luzes do amanhecer nos paralelepípedos das ruas foram as imagens que levei quando me mudei pela primeira vez, em 1965, com destino a cidade do Recife. Partimos em um veículo Simca ao amanhecer do dia e essa "odisséia" que para mim durou uma eternidade, pois me encontrava extremamente ansioso pela mudança ...