domingo, 30 de junho de 2013

Licenciamento Ambiental e Qualidade de Vida em Vitória da Conquista



Muitas das atividades econômicas desenvolvidas nos dias de hoje ou utilizam-se de recursos naturais ou geram resíduos ou ameaçam a qualidade ambiental por possuírem potencial poluidor, sejam atividades mineradoras, agropecuárias, industriais, comerciais, transportes e prestação de serviços.
A mineração serve-se tanto do solo e subsolo quanto da vegetação e dos cursos d’água, removendo e provocando alterações no terreno, na paisagem e nos processos hidrológicos. A agropecuária modifica os processos de desenvolvimento do solo, da vegetação, da fauna e dos cursos d’água além de gerar resíduos de embalagens e recipientes contaminadores químicos e biológicos. O comércio, a indústria e os serviços possuem potenciais poluidores do ar, das águas e do solo, como também podem afetar a infraestrutura urbana de águas e esgotos, vias de tráfego e circulação de pessoas e veículos causando problemas de ordem sanitárias, mobilidade e causando prejuízos materiais, dentre vários outros.
Para que as atividades econômicas sejam desenvolvidas sem causar danos à qualidade de vida das populações humanas e aos seres vivos de um modo geral, como também manterem a qualidade dos recursos naturais foi criado a ”ferramenta” Licenciamento Ambiental como instrumento de prevenção e controle das atividades que podem causar danos ambientais, que podem ser de atividades privadas ou da administração pública, em grau baixo, médio ou alto de potencial poluidor. Dependendo do porte ou etapa da atividade ou projeto a ser implantado existem diversos tipos de licença como a licença simplificada para empreendimentos de baixo impacto poluidor ou pequenos empreendimentos, a licença prévia que atesta a viabilidade de um empreendimento, a licença de instalação que autoriza a implantação das obras e a licença de operação que autoriza o funcionamento do empreendimento.
O município de Vitória da Conquista é um dos poucos no Estado da Bahia que possui estrutura técnica de secretaria, Conselho Municipal e uma Política Ambiental instalada e definida, em que o Licenciamento Ambiental pode contribuir para o estabelecimento de seu desenvolvimento sustentável, possibilitando que o crescimento econômico esteja em consonância com a proteção ambiental. Entretanto, para o estabelecimento dessa gestão, se faz necessário que a Administração Púbica Municipal fortaleça o controle das atividades poluidoras estruturando as equipes de análise, fiscalização e controle do Licenciamento Ambiental e desenvolva uma política de relacionamento esclarecedora, transparente e ágil em que sejam licenciados todos os empreendimentos com potencial poluidor implantados no município e que essa “ferramenta” seja eficiente em sua execução, não desestimulando a implantação de novos negócios pela demora excessiva nas liberações e/ou preconceitos em relação a tipologia das atividades , mas que seja vigorosa e criteriosa na avaliação do grau e potencial de danos ambientais que os empreendimentos possam causar ao meio e às comunidades rurais e urbanas do município.
Atividades comuns no nosso cotidiano impactam o meio ambiente de forma contundente, gerando consequências danosas, desde pequenos a grandes empreendimentos como, por exemplo, a produção de biscoitos, em que a matéria prima gera o resíduo da manipueira contaminando o solo e as águas nas localidades de Campinhos, Simão e Pradoso, dentre outras. A expansão imobiliária que se vale do desmatamento de áreas de preservação permanente comprometendo todo o sistema de recarga do berço das águas conquistenses que é a Serra do Periperi e, consequentemente o ciclo hidrológico de mananciais da Microbacia do Rio Verruga – importante contribuinte da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, na recente investida da Construção Civil no município em que se proliferam os loteamentos de Luxo na periferia e na Zona Rural do município.
Córrego localizado na localidade de Campinhos com  potencial de contaminação por resíduos domésticos e da ação poluidora dos resíduos da manipueira das fábricas de biscoitos, na periferia de Vitória da Conquista.