quarta-feira, 11 de junho de 2008

Diário de Viagem - Na terra da garoa



Da Parada Inglesa ao Jardim São Luís ...


Dando seqüência a minha senda de educador popular na Grande São Paulo, após ganharmos o TOP ECOLOGIA com o Centro de Habilitação PROMOVE, fui convidado pelo SENAC/SP para desenvolver um projeto de formação profissional de jardineiro - qualificação básica, o que aceitei com prontidão. Me dediquei a elaborar um projeto de formação voltado para diversos perfis de público em situação de exclusão, mas que tivesse uma relação muito grande entre sí; a formação deveria ser participativa, construtivista e focada na realidade das comunidades aonde o projeto fosse aplicado, e com um bom conteúdo técnico. O projeto do curso ficou pronto em maio de 1999 e o primeiro teste foi realizado em parceria com a Casa de Cultura e Educação São Luís - CCESL, dedicado a um grupo de 50 alunos (em dois turnos) em situação de risco social, jovens e adultos moradores da regão (Jardim São Luíz, Campo Limpo, Jardim Ângela, Capão Redondo e outras localidades da Zona Sul). Aos conteúdos desenvolvendo as habilidades básicas, específicas e de gestão juntamos as práticas e vivências da experiência do jardineiro através da empresa experimental de criação e manutenção de jardins, que tinha como método a criação e implantação de um jardim e/ou praça, no caso, criamos um jardim para a casa de cultura. A duração do curso era de aproximadamente 3,5 meses, com uma carga horária de 240 horas, que depois viria ser modificada para 180 horas.

No Jardim São Luíz ainda realizamos mais duas temporadas do curso de jardineiro (na Casa de Cultura e na Fundação Julita) formando um total de 136 jardineiros.

Nesse mesmo tempo iniciei uma jornada de Professor de Fruticultura e Piscicultura na Escola Luís Antônio Machado - ELAM, escola que formava Técnicos em Agropecuária desde 1972, localizada a trezentos metros da Av. Paulista, em pleno Bairro dos Jardins, aonde me adaptei muito bem e em pouco tempo me tornei Coordenador do Curso Técnico em Agropecuária. Foi a partir dessa nova jornada que a minha vida em Sampa começou a ficar corrida como a vida de todo bom paulistano, já estava trabalhando para o SENAC de segunda à sexta diuturnamente e agora começava a trabalhar à noite e aos sábados na ELAM.

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