quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Serra do Periperi


Observatório do Meio Ambiente

Bebedouro da onça

O Bebedouro da Onça fica situado na face norte da Serra do Periperi e é uma das nascentes que formam as áreas de descarga da Serra, contribuintes da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo. 

Bebedouro da Onça, Vitória da Conquista/BA.BR foto: alexandredocerrado

Educação Sócio Ambiental




educação sócio ambiental é uma ferramenta de desenvolvimento sustentável das comunidades quando representa a articulação da temática ambiental com a realidade local, o poder de organização e mobilização comunitária e os saberes tradicionais.
No início da década de 1990 a educação ambiental era considerada como o ”ponto” de mudança para a nova postura planetária, inspirada também, principalmente, pela ECO 92, a partir de onde iniciou-se uma proliferação de ações ambientais que se espalharam pelo mundo, e que no Brasil foram de ordem governamental e não-governamental, mas que demonstraram ainda nos meados da década que o ingrediente social deveria ser “lembrado”, não somente : … em defesa do mico leão, mas também: … em defesa da segurança alimentar, … em defesa da piracema, … em defesa da qualidade vida.
Difícil separar a questão ambiental da social nos limites de nosso território, porquanto se solidifica o socioambientalismo, amparado no poder de articulação, mobilização e de ação social do povo brasileiro - das tantas organizações que apareceram para atender uma demanda que seria do governo em suas ações na educação, saúde, direitos humanos e vários outros.
A educação sócio ambiental vai mais além da maioria das propostas desenvolvidas nos projetos sociais e ambientais em nosso país, ela propõe uma articulação comunitária mais madura e reflexiva ao convocar os diversos segmentos da sociedade a assumir uma postura de mobilização em torno da educação ambiental, na verdade ela propõe um pacto social, baseado na valorização dos saberes tradicionais, na democracia radical e em diálogos com experiências de enfrentamento da problemática sócio ambiental.
Parte da intervenção direta e não fica na "espera" da conscientização, como se o simples fato de se levar a informação sobre as questões ambientais fosse o suficiente para resolver os problemas das comunidades e pessoas, que estariam "conscientizadas".
 A educação sócio ambiental vai mais além, ela propõe uma nova forma de tratar a questão ambiental baseada no aprendizado comunitário e na participação, buscando a formação de indivíduos críticos e autônomos e emancipados.
Por alexandredocerrado

domingo, 25 de dezembro de 2011

Patrimônio Cultural


Sítios Rupestres - Vale da Gameleira. Vitória da Conquista - BA. 2011

Fotos: Alexandre Tavares

Paisagismo


Paisagismo - Espécies arbóreas para plantio em calçadas sob rede elétrica

AROEIRA-BRAVA Lithraea molleoides
AROEIRA-PIMENTEIRA Schinus terebinthifolia
AROEIRA-SALSA Schinus molle
CASCA-D'ANTA Drimys winteri
CEREJA-DO-RIO-GRANDE Eugenia involucrata
EMBAÚBA Cecropia pachystachia
ESPINHO-DE-JERUSALÉM Parkinsonia aculeata
GUAÇATONGA Casearia sylvestris
INGÁ-DO-BREJO Inga urugensis
IPÊ-AMARELO-CASCUDO Tabebuia chrysotricha
IPÊ-BRANCO-DO-BREJO Tabebuia dura
JACARANDÁ-BRANCO Jacaranda cuspidifolia
LEITEIRO Peschiera fuchsiaefolia
LIXEIRA Aloysia virgata
MANDUIRANA Senna macranthera
PAU-CIGARRA Senna multijuga
SÃO-JOÃO Senna sp
SETE-CAPOTE Camponesia guazumaefolia
TAMANQUEIRO Aegiphila sellowiana
TATARÉ Pithecolobium tortum
TINGUI Dictyoloma vandellianum
UNHA-DE-VACA Bauhinia forficata

foto: alexandredocerrado

Meio Ambiente


Observatório do Meio Ambiente


Monitoramento dos Mananciais do Rio Verruga na Serra do Periperi.

Visita aos Minadoros do Cruzeiro e Aparecida.

O período de chuvas causa muito movimento no solo , vegetação e dos cursos d'água, devido principalmente a intensidade das águas. Formam-se verdadeiras "piscinas" na área das antigas cascalheiras, em função das pequenas represas feitas para conter a força e velocidade das enxurradas no alto da Serra do Periperi.

A ação da vizinhança continua impactando na recomposição florística, principalmente com a retirada de lenha e com os animais que são soltos dentro do Parque Municipal da Serra do Periperi para pastoreio; e também com a ação de vandalismo nos bosques e sub-bosques formados pela intervenção de recuperação ambiental e do lixo jogado na área do parque e nas nascentes.

1. Cruzeiro 9:30 horas
Tempº do Ar: 19º C
Tempº da Água: 22º C

2. Aparecida 10:08 horas
Tempº da Água: 23,5º C


Monitores: Patrícia Sélis, Thiago Cotrin, Marciene Nascimento, Luciano Cairo e Alexandre Tavares


Fotos: alexandredocerrado

domingo, 4 de dezembro de 2011

SOS Zimbira ou Como o cumprimento de um compromisso ambiental pode conservar uma importante área de recarga de uma microbacia hidrográfica no Município de Vitória da Conquista - BA


SOS ZIMBIRA
É indiscutível a importância das Unidades de Conservação para a preservação do patrimônio natural de uma região, estado ou município, principalmente porque as UC's são geridas por regulamentos, normas e leis que tem como principal objetivo a recuperação do padrão de qualidade ambiental daquelas áreas que já sofreram ou sofrem degradação e a preservação das áreas que indicam fragilidade do ambiente e riqueza de biodiversidade, dentre outros princípios de conservação ambiental, regulamentados pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). SOS Zimbira! A Zimbira é um conjunto de olhos d'água (nascentes) que ocorrem na vertente norte da Serra do Periperi, a apenas 5 km do centro da cidade de Vitória da Conquista e que são de muita importância como área de recarga do ciclo hidrológico dos mananciais da Região do Córrego da Choça e do Rio Catolé - ambos cursos d'água genuinamente conquistenses contribuintes da Bacia do Rio Pardo. A área aonde se localizam as nascentes da Zimbira tem um histórico de antropismo concentrado na exploração da pecuária com a implantação de pastagens exóticas, o que afetou em muito sua conservação. A partir da década de 1970 foi implantado no local o Distrito Industrial dos Imborés - Projeto do Governo do Estado da Bahia que previa, dentre outras ações, a implantação de uma Àrea de Conservação na Zimbira - Ocorre que com o passar do tempo essa ação não só foi esquecida como também está sendo desconstruída, com a SUDIC loteando a área do curso d'água e permitindo o aterramento dos lotes - o que acabou com fluxo do córrego e compromete a conservação de uma área prevista em Lei (vide Código Florestal): a APP (Área de Preservação Permanente) das nascentes - 50 m de vegetação no entorno da mesma, como os 30 metros de cada lado do curso d'água interrompido pela implantação do DI. Em um município com a qualidade ambiental extremamente comprometida pelo desmatamento indiscriminado - com uma irrisória cobertura florestal na casa dos 2 a 3 % que lhe valeu o Título Nacional de um dos maiores devastadores da mata atlântica, não é mais possível aceitar que a nossa sociedade, com o conhecimento que dispõe hoje, permita que ações em nome do "desenvolvimento" comprometam ainda mais nosso patrimônio natural, nossa biodiversidade e nossa qualidade de vida. Portanto, se faz urgente que a comunidade conquistense cobre ações da SUDIC para a conservação desse santuário da vida natural com suas nascentes, flora característica de região montana e fauna bastante diversificada que é a ZIMBIRA! Exemplos nós temos por todo o país de locais em que uma administração competente trouxe conservação e desenvolvimento, através da prática de atividades de lazer, turismo de caminhadas e contemplação. Portanto, é necessário que passemos da conversa a ação e cobrarmos de quem quer que seja a responsabilidade de preservação da APP da Zimbira, transformando-a em uma área de proteção ambiental legalizada, o que como consequência resultará na conservação dos mananciais da Zimbira, na possibilidade de ampliação dos equipamentos públicos de lazer e turismo e na contribuição para a melhoria da qualidade de vida para a comunidade conquistense.