sábado, 31 de maio de 2008

Viagem às Lagoas Costeiras

Lagoa de Manguaba - Marechal Deodoro/Al. 2008

Educação Sócio Ambiental - Meus Escritos


A educação sócio ambiental é uma ferramenta de desenvolvimento sustentável das comunidades quando representa a articulação da temática ambiental com a realidade local, o poder de organização e mobilização comunitária e os saberes tradicionais.
No início da década de 1990 a educação ambiental era considerada como o ”ponto” de mudança para a nova postura planetária, inspirada também, principalmente, pela ECO 92, a partir de onde iniciou-se uma proliferação de ações ambientais que se espalharam pelo mundo, e que no Brasil foram de ordem governamental e não-governamental, mas que demonstraram ainda nos meados da década que o ingrediente social deveria ser “lembrado”, não somente : … em defesa do mico leão, mas também: … em defesa da segurança alimentar, … em defesa da piracema, … em defesa da qualidade vida.
Difícil separar a questão ambiental da social nos limites de nosso território, porquanto se solidifica o socioambientalismo, amparado no poder de articulação, mobilização e de ação social do povo brasileiro - das tantas organizações que apareceram para atender uma demanda que seria do governo, da educação, da saúde, dos direitos humanos e vários outros.
A educação sócio ambiental vai mais além da maioria das propostas desenvolvidas nos projetos sociais e ambientais em nosso país, ela propõe uma articulação comunitária mais madura e reflexiva ao convocar os diversos segmentos da sociedade a assumir uma postura de mobilização em torno da educação ambiental, na verdade ela propõe um pacto social, baseado na valorização dos saberes tradicionais, na democracia radical e em diálogos com experiências de enfrentamento da problemática sócio ambiental.

sábado, 24 de maio de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca - Vale da Gameleira


Córrego da Jurema. Vitória da Conquista, Ba. 2006

Educação Ambiental - Minhas Criações

O CASO DO ROUBO DOS MUTUNS


JULGAMENTO ECOLÓGICO


José Carlos da Silva , 35 anos, laminador de serraria desempregado, na tarde do dia 24 de dezembro de l998, matou e levou do Jardim Zoológico de Miramonte, interior do estado de Minas Gerais, duas aves da espécie Crax faciolata, conhecida como Mutum de Penacho, incluída no rol de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.
O elemento foi preso em sua residência pela Polícia Florestal do Estado, quando preparava um ensopado das aves.
Silva alegou em sua defesa, que sua família não tinha de que se alimentar e isto o motivou a cometer o ato delituoso. O mesmo foi encaminhado ao delegado de plantão, que o encarcerou e enquadrou na lei de crime ambiental.
RÉU
Personagem: 1
Papel: Deverá confiar sua defesa aos advogados e manifestar-se somente quando for solicitado pelo Juiz e em seu depoimento.
JUÍZ
Personagem: 1
Papel: Deverá conduzir os trabalhos com abertura e encerramento, organizando o tempo de defesa, acusação, depoimento de testemunhas de a
cusação e defesa, réu, veredicto do júri e leitura da sentença.
JÚRI
Personagens: em número de 3, 5, 7 ou 9 ( tendo 1 relator e 1 presidente)
Papel: Deverão ouvir atentamente a Acusação, Defesa, Réu e Testemunhas. Não devem se deixar levar por emoções a favor ou contra as manifestações. Ao final da sessão(determinada pelo Juíz) farão a votação e apuração(relator e presidente) e a divulgação do resultado será comunicado ao plenário(Juíz e presentes) com resultado final, se culpado com a pena pedida ou não pela acusação.
TESTEMUNHAS DE DEFESA
Personagens: 2
Papéis: Deverão dar depoimentos que elevem a moral do Réu, enumerando suas qualidades e relembrando situações que denotem o bom caráter do mesmo.
ACUSAÇÃO
Personagens: 2 ou 3 (sendo 1 Promotor e 1 ou 2 assistentes).
Papéis: Baseados na lei de proteção ambiental e lei de proteção ao patrimônio, a acusação deverá convencer o Júri de que o Réu deve ser condenado pelas duas infrações , ambas com pena máxima de 10 anos cada.
A presidência da sessão é do Juíz e o mesmo estabelecerá os tempos e as vezes de manifestação da acusação.

TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO
Personagens: 2
Papéis: Deverão dar depoimentos sobre o que viram(o Réu matando as aves-Escondendo- Fugindo- ou preparando-as para comer).

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca - Lagoa das Bateias


Baronesas. Vitória da Conquista, Ba. 2007

Manual do Jardineiro

O jardineiro

A jardinagem é uma prática exercida pelo homem a milhares de anos, que exige o conhecimento básico de técnicas agrícolas e botânicas, utilizadas para o plantio e manutenção dos jardins.
No exercício da função de jardineiro, se faz necessário que o candidato além do conhecimento das técnicas de jardinagem saiba fazer o estudo de custos, plano de manutenção (agenda do jardim) e organização do trabalho.
São variados os atributos de um jardineiro, um misto de técnica, arte e magia que combina formas e texturas junto com manifestações e sinais das plantas e dos vários fatores do ambiente.
Para uma boa formação, o jardineiro deverá basear seu estudo na busca das competências básicas ao seu trabalho, que deverá ser pautado na descoberta do mundo científico, na prática de trabalho buscando habilidades e no estabelecimento dos valores necessários ao exercício de sua função.
A jardinagem como atividade profissional vem sendo aperfeiçoada a cada dia. Tanto os profissionais em atuação percebem a importância de uma educação profissional continuada, quanto os que querem atuar no segmento buscam as competências necessárias ao exercício da profissão de jardineiro.
Dentre as várias manifestações da jardinagem, como a floricultura, a produção de plantas ornamentais, arranjos florísticos e o paisagismo, dentre várias outras, a manutenção de jardins ainda é o maior desafio, pois aí é que se confronta o sonho da paisagem construída com a manutenção das características desejadas para o jardim, ou seja, o que se propôs para o projeto de jardim apresenta as condições de sustentação das características ambientais e paisagísticas?





sábado, 17 de maio de 2008

Viagem ao Sertão da Ressaca. Imperial Vila da Conquista



Rio Verruga. Serra do Marçal. Vitória da Conquista/BA. 2007

Diário de Viagem - A 1ª Jornada: 1959/1965

Pelo que me lembro, comecei a ver o mundo pela janela de um carro ...As imagens que trago dos meus primeiros anos são de paisagens em Campina Grande, aonde nascí, da Catedral, do Açude Velho e da Rua Vila Nova da Rainha, que aos sábados era envolvida pela feira livre e de onde, das grades de um jardim de uma residência de classe média, fazia os meus primeiros contatos com passantes e feirantes e era recriminado pelos mais velhos, principalmente as crianças. Aquele jardim aonde brincava com velocípede e no gramado, me parecia uma imensidão, pois me fazia sentir um ser livre e íntimamente ligado à natureza das coisas e das pessoas. Terceiro de cinco filhos fui aprendendo a me virar sozinho, pois meu irmão mais velho e também meu ídolo era muito independente e não saía com os mais novos - eu e alguns primos de minha idade. Quando fui para a escola (Colégio das Irmãs Lurdinas) o que mais me atraiu foi o cheiro do material escolar: livros, lápis, cadernos e até o das borrachas, que na época não eram perfumadas como as de hoje. A escola era um paraíso, com imensos e altos corredores e portais, no alto de um morro de onde se avistava grande parte da cidade, era rodeada e entremeada de árvores e aonde pela primeira vez tive contato visual com um animal silvestre: um camaleão, que me deixou fascinado de medo e admiração, cheguei a sonhar várias vezes com esse bicho.
Um fato ocorreu na fanília quando tinha cinco anos que me marcou muito e que desencandeou em mim o senso de justiça, que foi o assassinato de meu Tio Bastos por jagunços de um "coronel" pelo domínio de terras na região do cariri da Paraíba, fato político comum naquela época. Fiquei revoltado em saber que quem tinha cometido essa nefasta ação estava a pouca distância de nós e escondido sob a proteção de um poderoso grileiro de terras. Fiquei durante um bom tempo aguardando que o meu grande herói (corredor de vaquejadas e proprietário de um Jipe Willis), Tio Manuel, resolvesse a parada. Até que essa espera foi-se aos poucos e retornei para meu mundinho.
Outro fato marcante em minha vidinha foi quando me perdí na Praia de Poços em João Pessoa quando veraneávamos em 1962. Ao sair escondido atrás de minha irmã mais velha e primas da mesma idade, me perdí na areia branca da praia e ao ficar chorando fui recolhido por um casal que me levou a uma casa muito grande e de onde um senhor grisalho me recebeu dizendo que eu era seu filho que tinha voltado para casa, aquilo também me apavorou e me lembro a dizer que meu pai se chamava José e que ele tinha um Simca. Horas depois meu pai veio me buscar nessa casa, depois de ter me procurado pelos "poços" de toda praia.
Me lembro também do Armazém de meu pai e do meu avô, comerciantes natos que encaminhavam todos os filhos para conhecerem e vivenciarem o mundo dos negócios, mas sempre me sentí apavorado com aquela relação entre aqueles homens.
O brilho das luzes do amanhecer nos paralelepípedos das ruas foram as imagens que levei quando me mudei pela primeira vez, em 1965, com destino a cidade do Recife. Partimos em um veículo Simca ao amanhecer do dia e essa "odisséia" que para mim durou uma eternidade, pois me encontrava extremamente ansioso pela mudança ...